Artistas e Ativistas

André Cardoso/ MC Chamboco

Iniciou em 2008 como um simples repper, mas em 2013 começou a se envolver no activismo criando e participando em rodas de freestyle em que o diferencial era levar para tais rodas não um freestyle comum, mas interventivo, incisivo aos problemas sociais moçambicanos. Iniciou igualmente a participar em programas e concursos de rádio, tendo sido o expoente o concurso FREESTYLE da 99FM, que se visibilisou sobremaneira. ​ Em 2017, iniciou um programa na sua página de facebook intitulado RAP FACE, que se baseiava na musica RAP para retratar temáticas que versam sobre os direitos humanos, combate a corrupção, e boa governação. Nesse programa, gravou pequenos vídeos ilustrando a situação do país, se servindo de veículo para transmitir aos tomadores de decisão as preocupações do povo em particular da juventude. A abordagem criativa, fez com que, muitas ONGs passassem a convidar-lhe para colaborar em certos projetos onde a juventude fosse exaltada e/ou em campanhas sobre variadas temáticas estritamente ligadas a defesa de direitos humanos, combate a corrupção e boa governação. Dentre esses projetos se destacam os seguintes: Workshop intensivo entre jornalistas e artistas da OSISA, tendo ganho um projecto para elaboração criativa de uma EP retratando a estória das “dívidas ocultas” baseado no artigo jornalístico de Tavares Cebola da Zitamar News; Coordenado na a Bloco4Fundation o projecto Hip HOP e Cidadania. Concurso de Rap interventivo tendo sido Júri e cantado os seus temas nas províncias de Sofala e Inhambane; Vigilia sobre a Liberdade de imprensa e expressão realizado pelo MISA Moçambique, um evento que foi promovido em solidariedade ao jornalista e jurista, Ericino de Salema que fora raptado e torturado devido as suas polémicas aparições na TV em que fazia duras críticas ao actual governo do país; Commonwealth big lunch no Alto comissariado britânico alusivo a preparação da cimeira internacional dos presidentes africanos da CPLP; Festival de Hip Hop “pelo meu futuro eu vou votar” um evento que foi organizado pelo Votar Mocambique, um consórcio de ONGs moçambicanas com o intuito de fazer acompanhamento do processo eleitoral, que teve lugar em Outubro de 2019; 10 anos do Parlamento Juvenil e 70 anos da Declaração universal dos direitos humanos, um evento que reuniu jovens para refletirem acerca dos direitos humanos em particular da juventude tendo participado no que se denominou combate cultural. MC Chamboco coordena atualmente, a componente do Artivismo da Bloco 4 Foundation, resultante da linha de pesquisa “RAProtestar”.

Bruno Mateus/ Shot B

É formado pela Escola de Artes visuais na área de artes gráficas e teve uma passagem pela Faculdade de Belas Artes do Porto. Trabalha atualmente com grafite, entretenimento como MC/ vídeo animation, fotografia e moda. Desenvolveu varias exposições realizadas em Moçambique, Portugal e África do Sul. Ele é autor de vários murais que circunscrevem o espaço público da cidade de Maputo.

Luan Alves Gondim/Caboco

É um artista multifacetado, que atua como produtor cultural, rapper, beatmaker, videomaker, slammer, dançarino e instrutor escolar. Atualmente, é um dos líderes do projeto internacional Barras Maning Arretadas, que abrange rappers de 27 países e produz parcerias internacionais envolvendo cyphers, shows online, produção de músicas “rap”, exposição de instrumentais “beats” e debates artísticos-culturais, envolvendo rappers e acadêmicos. Esteve na primeira edição da organização do “Festival Decolonial de Rap: Espaço Lusófono?”, em que a Bloco 4 Foundation esteve na co-organização junto do Barras Maning Arretadas. Neste festival, foi apresentador e produtor do show Identidades Decoloniais, com rappers de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Guiné-Bissau bem como participou das organizações das lives “Beira, Capital do Instrumental” em homenagem a cidade da Beira, em Moçambique, bem como foi editor de imagem da sessão “Beat Maning Arretados”, com os beatmakers que voluntariamente participaram da iniciativa. Faz parte do núcleo ativo de artistas fixos da Bloco 4 Foundation, articulando a internacionalização da instituição por via da arte.