Pesquisadores

Tirso Sitoe

Diretor Executivo, pesquisador e fundador da Bloco 4 Foundation. Mestrado e pós-graduado em Relações Interculturais pela Universidade Aberta de Lisboa- Portugal (2017), a dissertação explorou experiências sobre como o RAP de protesto é um espaço onde os músicos e o público exercem seus direitos cívicos e de cidadania em Moçambique pós-colonial. Além da docência em Metodologias de investigação científica, Antropologia cultural, Antropologia jurídica no Instituto Superior Monitor em Maputo, onde exerce também, o cargo de diretor associado do Centro de Investigação em Economia e Sociedade (CIES). Tem colaborado em vários projetos de investigação internacional, especialmente com o Instituto de Etnomusicologia INET-Md, com sede na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e integrou a iniciativa do Projeto Mapa africano de Humanidades através da Bloco 4 Foundation, coordenando um uma iniciativa intitulada “cultura popular, ativismo e mudanças sociais em Moçambique” financiado pelo Consortium of Humanities Center and Institute, baseado na Wisconsin-Madison University (UW-Madison) nos Estados Unidos; o projeto “cidadão observador eleitoral” implementado em Nampula, Sofala e Inhambane, financiado pela Oxfam Internacional em Moçambique. No campo cinematográfico dirigiu a realização de uma curta-metragem intitulada “Gerações em lutas por utopias” (2019). A sua investigação centra-se em questões ligadas as culturas juvenis, sociabilidades e processos de identificação de juvenil; Cidadania, artivismo e direitos humanos em Moçambique; Dinâmicas espaciais e movimentos sociais em contexto urbano; Música de crítica musical e protesto social em Moçambique pós-colonial; ativismo digital e artefactos tecnológicos como lugares de engajamento cívico e memória coletiva.

Janne Rantala

É um antropólogo cultural que defendeu sua tese em setembro de 2017 na Universidade da Finlândia Oriental e é também, pesquisador coordenador da Bloco 4 Foundation. Seus interesses de pesquisa incluem temas como memória pública e lembrança, hip-hop, estrutura e liminaridade, licença poética e movimentos sociais. Atualmente, em 2018-2019, realiza sua pesquisa de pós-doutorado no Programa Flagship DST / NRF, o Centro de Pesquisas Humanas (CHR), da Universidade do Cabo Ocidental, onde continua sua pesquisa sobre música rap moçambicana e memória pública. Durante seus estudos de doutorado, foi professor visitante no Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, e passou períodos curtos na Universidade de Dar es Salaam, na Universidade de Rhodes, no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, da Universidade de Anadolu, do Instituto Nórdico de África e da Universidade de Kwazulu-Natal. O seu trabalho recente sobre o rap de Maputo é ‘Hidrunisa Samora’: Invocations of a Dead Political Leader in Maputo Rap, publicado no Journal of Southern African Studies (JSAS). Ele foi vencedor do Colin Murray Grant em 2017 concedido pelo JSAS, o que o ajudou a lançar sua nova pesquisa de campo na Beira e Chimoio, no centro de Moçambique. Além de sua pesquisa, ele também está envolvido em projetos de arte. O seu primeiro programa de rádio “Samoran lapset” (em inglês: Children of Samora), baseado nos seus estudos de hip-hop em Maputo, foi transmitido na Finnish Broadcasting Company em dezembro de 2018.

Carlos Guerra Junior

É doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Mestre em Comunicação e Jornalismo pela mesma universidade. Investiga o rap como forma de ativismo político, analisando casos no Brasil, Portugal, Angola e Moçambique. Graduado em jornalismo e radialismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no Brasil. Concluiu ainda MBA em Administração e Marketing Esportivo pela Faculdade do Nordeste. É artista, atuando como RAPentista, uma mistura entre o rap e o repente, ritmo do Nordeste do Brasil. É também produtor cultural, realizando prioritariamente eventos sobre a cultura hip hop em universidades.

Adriano João Tchauque

Pesquisador-assistente da Bloco 4 Foundation. Licenciado em Ciência Política pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o seu Trabalho de Culminação de Curso procurou explorar os reais factores que caucionaram o indeferimento de candidaturas nas eleições autárquicas de 2018, num cenário que se pretendia o incremento da participação partidária e inclusividade na democracia moçambicana. Membro fundador do grupo Centro de Estudos de Transformação Social (CETS), desenvolveu um estudo denominado: Entre a Insurgência, Capacidade de Resposta e a Soberania do Estado: Uma abordagem a partir dos últimos ataques. Para além dos estudos já desenvolvidos, a sua linha de pesquisa encontra-se voltada aos Estudos e Processos Eleitorais enquanto um dos pressupostos que legitimam os governos democráticos e, Juventude-Liderança. Tem colaborado em projectos e trabalhos voluntários, tais como: Festival D’Ouro que é um intercâmbio cultural desenvolvido para província de Gaza (Chibuto), que tem os jovens como os principais impulsionadores. No trabalho voluntário, efectuou actividades de observação eleitoral pela Sociedade Aberta (2019).

António Bai Sitoe júnior

Pesquisador assistente na Bloco 4 Foundation. Licenciado em Ciência Política na Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Além de pesquisador na Bloco 4 Foundation, é membro fundador do grupo, Centro de Estudos de Transformação Social (CETS). Um grupo virado à pesquisas que através de vários meios como vídeos, artigos científicos e debates de ideias intenta a transformação social, focando para a Democracia, Desenvolvimento, juventude-liderança. Desenvolveu estudos denominados (1) Entre os Recursos naturais, a guerra, e a COVID-19 em Cabo Delgado; (2) Cabo Delgado: Desafio à legitimidade do Estado ou novo monopólio da força. Além dos estudos publicados a sua linha de pesquisa abrange, também as diversas componentes que estejam ligadas a sociologia do crime, Intimidação Política, Liberdade de Expressão e manifestação.

Anselmo Matusse

Anselmo Matusse foi bolsista de pós-doutorado na Escola de Humanidades Ambientais de Oslo, Universidade de Oslo, na Noruega, em 2022. Concluiu seus estudos de doutorado em junho de 2021 na Universidade da Cidade do Cabo, no Cluster Sul de Humanidades Ambientais. A sua dissertação centrou-se na mudança das relações entre os residentes e o Monte Mabo na província da Zambézia, norte de Moçambique, no contexto das tentativas de ONGs e conservacionistas da natureza de transformar a montanha numa área formalmente protegida depois de um grupo de cientistas britânicos ter “encontrado” a montanha em 2005 usando o Google Earth. Ele realizou etnografia em três comunidades rurais para entender os vários significados e formas de relacionamento que mantinham com a montanha, a floresta e a terra, incluindo econômicos, espirituais, sociais e filosóficos e os contrastou com os de ONGs, estado e cientistas para abrir espaço para um diálogo entre eles. A sua investigação actual centra-se nos murais do falecido artista moçambicano Malangatana Valente Nguenya e nas suas múltiplas interpretações em Moçambique, financiados pelo Social Sciences Research Council. O projeto procura explorar como as novas mídias podem aprimorar novas formas de engajamento com seus murais e narrativas. Reúne artistas, curadores, fotógrafos, programadores, sociedade civil, instituições de ensino superior e antropólogos.