Protestos em Moçambique: Violação de Direitos Humanos e Repressão Marcam Marcha Contra Fraude Eleitoral

Em um cenário de profunda indignação e instabilidade em Moçambique, milhares de manifestantes marcharam ontem, dia sete de Novembro de dois mil e vinte e quatro, em direcção à Ponta Vermelha, sede do poder em Maputo, para protestar contra a alegada fraude nas eleições de nove de Outubro. Convocados pelo candidato da oposição, Venâncio Mondlane, que segundo a população seria o verdadeiro vencedor das eleições, os cidadãos de todo o país tomaram as ruas em marcha pacífica. No entanto, as forças policiais receberam ordens para conter os protestos com violência, disparando contra manifestantes desarmados.

Relatos apontam que grupos organizados enfrentaram dificuldade para chegar ao centro urbano devido a barreiras policiais e agressões, o que forçou muitos a responderem com pedras em algumas regiões. Além disso, enquanto grande parte dos manifestantes manteve-se em marcha pacífica, infiltrados aproveitam o caos para saquear estabelecimentos comerciais, um facto que preocupa a população e ameaça manchar a imagem da manifestação.

O silêncio de Venâncio Mondlane, que só se pronunciou publicamente no final da tarde e não apareceu no local do protesto, também gerou apreensão entre os manifestantes. Em meio a essa crise, a violação dos direitos humanos foi e continua evidente, com relatos de tiros contra civis que exercem o direito de protestar pacificamente, expondo o país a uma crescente indignação interna e questionamentos sobre o futuro da democracia em Moçambique.

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